Cuadernos de Política Exterior Argentina (Nueva Época), 139, junio 2024, Pág. 232
ISSN 0326-7806 (edición impresa) - ISSN 1852-7213 (edición en línea)
comércio, com exportações complementares, seguiu uma trajetória própria, cujo impacto
mais relevante não foi a alternância de governo, mas a pandemia da COVID 19.
Ricardo Torres analisa as relações da Argentina com a Rússia desde 2003 indicando que estas
privilegiaram o aspecto político, mais que o econômico. Se por um lado o autor indica os
limites do comércio bilateral e os esforços da Argentina para atrair capitais russos para
investimentos no setor de energia, por outro ressalta proximidade em diferentes momentos no
que diz respeito ao enfrentamento aos Estados Unidos. O segundo mandato de Cristina
Fernández foi o ponto mais alto das relações entre ambos. As iniciativas são reduzidas com o
governo de Mauricio Macri mas, também nesse caso, segundo o capítulo, o pragmatismo
prevalece. Com Alberto Fernández e a pandemia cresce a cooperação científica ente ambos.
A análise da interação entre Argentina e a União Europeia, proporcionada por María Vitoria
Álvarez e Marta Cabeza é o primeiro exemplo de relações entre a Argentina e um grupo de
países no período indicado no título. O capítulo incorpora duas dimensões das relações: da
Argentina com a União Europeia em seu conjunto e da Argentina com países membros na
dimensão bilateral. O capítulo indica o impacto das mudanças de governo nas relações da
Argentina com a União Europeia, passando do entrave do protecionismo argentino no final
do governo de Fernández de Kirchner, passando pela busca, de Mauricio Macri, de
aproximar-se dos países europeus como núcleo do Ocidente, e chegando a Alberto
Fernández, também preocupado com um viés protecionista. No geral, os êxitos das inciativas
de aproximação foram limitados, uma vez que, como em outros capítulos da coletânea, a
questão financeira se impôs sobre as demais.